quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eliza teria pedido apartamento e dinheiro para não denunciar Macarrão por tráfico


Testemunha diz que ela perdeu dois dentes e foi obrigada a usar peruca loura

Um apartamento no Rio de Janeiro e o pagamento de R$ 50 mil. Essas teriam sido as exigências de Eliza Samudio, 25 anos, feitas ao ex-amante, o goleiro suspenso do Flamengo, Bruno Fernandes, antes de ser possivelmente espancada e morta. A revelação, feita ao Hoje em Dia, é de uma nova testemunha que estava no sítio do atleta, em Esmeraldas (MG), e que promete se apresentar à Polícia Civil. As exigências de Eliza Samudio teriam sido feitas em troca do silêncio sobre o suposto envolvimento de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e braço direito do goleiro, com o tráfico de drogas em Ribeirão das Neves, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Segundo a testemunha, que está muito assustada e com medo de ser a próxima vítima, Eliza teria deixado o sítio de Bruno, no dia 8 de junho, dentro do porta-malas de um carro preto, usando uma peruca loura e com dois dentes da frente quebrados. A Polícia Civil de Minas Gerais pretende fazer uma acareação entre o adolescente de 17 anos, primo de Bruno que chegou na terça-feira do Rio de Janeiro, e os demais suspeitos. A estratégia da Polícia Civil e do Ministério Público para conseguir que os presos ajudem na localização dos restos mortais de Eliza Samudio será divulgar os benefícios da “delação premiada”. Pela Lei nº 8.072/90, “a pessoa que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços”.
Por outro lado, o advogado Ércio Quaresma, que defende Bruno e mais cinco suspeitos de envolvimento na morte de Eliza, vai entrar com recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, alegando que houve ilegalidade no mandado de busca e apreensão no sítio do goleiro. Segundo o advogado, a ordem para que a Polícia Civil e os peritos entrassem na propriedade deveria ser dada pela Justiça de Esmeraldas, e não de Contagem (MG), onde o mandado foi expedido no dia 28 de junho. Na opinião do advogado Paulo Alvarenga Tolentino, especialista na área criminal, esse questionamento poderá fazer com que o Supremo Tribunal Federal mande soltar todos os suspeitos que foram presos a partir de provas colhidas no sítio. Mas, para o advogado Breno Montreal, que estuda a jurisprudência de crimes hediondos, a repercussão do crime de Eliza – com destaque para a suspeita de que partes do corpo tenham sido jogadas para cães ferozes –, poderá fazer com que a Justiça mantenha todos os envolvidos na prisão. Até a tarde de terça-feira (13), o Tribunal de Justiça de Minas não havia recebido nenhum pedido de libertação de Bruno e dos outros presos. R7.com

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