sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lei antifumo tem 95% de aceitação na Paraíba


Pesquisa foi divulgada na manhã desta sexta-feira, em seminário

A pesquisa de opinião ‘Conhecimentos e Atitudes no Controle de Tabagismo’, com enfoque na Lei Estadual 8.95809, mostrou que 95,5% dos pessoenses concordam que os ambientes públicos e privados devem estar livres da fumaça do tabaco e esse mesmo percentual acredita que os pais violam os direitos dos filhos quando fumam na presença deles. O resultado foi divulgado, na manhã desta sexta-feira (27), no encerramento do II Seminário de Doenças e Agravos Não Transmissíveis’, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta quinta e sexta-feira (26 e 27), no Hotel Xênius, em João Pessoa. O evento faz parte das atividades alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, comemorado no próximo domingo (29).

Um fato que chamou a atenção é que mesmo entre os fumantes a aceitação da Lei foi de 92,5%. O estudo revelou, ainda, que 80% das pessoas entrevistadas conhecem a Lei Estadual 8.95809 e 94% acreditam que a exposição de fumaça do tabaco representa, para os não fumantes, uma situação perigosa. Apenas 5,4% qualificam a exposição à fumaça do tabaco como uma situação ‘pouco perigosa’ e o restante 0,6% ‘nada perigosa’. Todos os entrevistados têm opiniões semelhantes sobre os níveis de risco, embora entre as mulheres, as ex-fumantes e as não fumantes a intensidade do risco é maior. Em todos os segmentos, a crença de que a exposição da fumaça do tabaco é ‘perigosa’ supera os 90%.

A conclusão da pesquisa foi que a sociedade pessoense parece ter assumido, de forma majoritária, a postura de que respirar fumaça do tabaco é uma situação perigosa para os não fumantes e, neste contexto, a grande maioria reconhece como legítimos alguns direitos individuais decorrentes dessa situação. Essa é a conclusão da, que regulamenta o consumo de tabaco em ambientes públicos e privados, na Paraíba.

O estudo foi realizado em dezembro do ano passado, pelo Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES. A Paraíba foi escolhida pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para desenvolver este projeto-piloto na área de tabagismo. Durante oito dias, os pesquisadores entrevistaram 1.190 pessoas de 15 anos e mais residentes no município de João Pessoa, sendo 553 homens e 637 mulheres.

“O nosso objetivo com essa pesquisa foi avaliar os níveis de conhecimento e apoio à Lei 8.958 de 2009, junto à opinião pública, como também avaliar algumas crenças específicas da população sobre os perigos da fumaça do tabaco para as pessoas que não fumam e os direitos decorrentes dessa situação”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, Lourdes de Fátima Sousa.

A lei parece ter causado um efeito bastante limitado sobre o comportamento das pessoas, em relação aos seus hábitos de saída para lugares públicos como bares, restaurantes e boates, porque 75,2% dos entrevistados disseram que não alteraram seus hábitos a partir da vigência da lei. Por outro lado, a lei parece ter causado um efeito positivo entre os ex-fumantes e não fumantes com relação a como ambos se sentem em lugares públicos.

A pesquisa constatou que nove de cada dez pessoenses do grupo de ex-fumantes e não fumantes disseram que se sentem melhor quando vão a lugares onde agora é proibido fumar. “No geral, podemos afirmar que a avaliação é positiva, pois a lei teve boa aceitação social, as pessoas conhecem, e isso mostra que estamos no caminho certo com a realização de ações de combate e prevenção ao tabagismo”, afirmou Lourdes de Fátima Sousa.

WSCOM Online

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